Metade dos torcedores brasileiros acompanha a maioria ou todos os jogos do seu time, enquanto 22,8% raramente assistem ou sequer torcem por um clube. Mas a forma como os torcedores acompanham seus times do coração varia bastante. Isso foi o que mostrou a pesquisa exclusiva do InfoMoney conduzida pela TM20 Branding e pela Brazil Panels.
A Pesquisa Times de Futebol e Sites de Apostas (Bets) indica que há uma preferência pela transmissão na TV aberta, com 57% dos torcedores optando por esse meio para assistir aos jogos do seu time. Em seguida, aparecem a TV por assinatura (19%) e o estádio (15%), enquanto 7,7% acompanham por streamings, YouTube, redes sociais e aplicativos. O rádio, que já teve grande relevância histórica no consumo do futebol brasileiro, hoje representa apenas 1,2% da audiência.
Sócio-torcedor
O fato de a proporção de torcedores que preferem acompanhar os jogos no estádio ser próxima da porcentagem de sócios-torcedores indica que os programas de fidelização dos clubes têm sido eficazes para atrair esse público, conforme o estudo. No entanto, o crescimento desses programas está diretamente ligado à experiência oferecida nos estádios, considerando aspectos como segurança, conforto e o desempenho da equipe em campo.
Quais times atraem mais público?
A pesquisa também confirmou quais clubes possuem as maiores torcidas no Brasil, com Flamengo (25%) e Corinthians (19%) seguindo na liderança como as maiores marcas de torcida no país. Logo abaixo, aparecem Palmeiras e São Paulo, com 8% cada. O levantamento também destaca a força das torcidas do Grêmio (RS) e do Atlético Mineiro.
Redes sociais e engajamento digital
Se por um lado algumas equipes possuem torcidas mais fiéis no estádio, por outro a pesquisa mostra que grupos se destacam pelo engajamento digital. Redes sociais, aplicativos e plataformas de streaming têm se tornado canais importantes para a relação entre torcedores e clubes, ampliando a audiência e permitindo novas estratégias de monetização.
O estudo confirma ainda que o futebol continua sendo uma das paixões nacionais, mas o comportamento do torcedor vem se transformando com o avanço das tecnologias e as mudanças na forma de consumo do esporte. O desafio dos clubes agora é equilibrar as experiências presenciais e digitais para manter e expandir sua base de fãs.
A pesquisa seguiu critérios do IBGE para classes sociais e distribuição geográfica com margem de erro de 2%. O perfil dos entrevistados foi dividido entre 44% masculino e 56% feminino, com idades que vão de 18 a 24 (9%) a 43 a 50 (22%). Cerca de 43% dos respondentes são do Sudeste, 28% do Nordeste, 12% do Sul, 10% do Centro Oeste e 8% do Norte do País.
Os dados foram divulgados durante o Sport & Business Summit, evento exclusivo do InfoMoney sobre negócios do esporte, realizado nesta terça-feira (18), mostrando um mercado que movimenta mais de 700 bilhões de dólares por ano em todo o mundo.
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