

Padroeiro da Inglaterra, de Portugal e da Catalunha, São Jorge reina no Brasil como santo guerreiro sincretizado no candomblé com Oxóssi e na umbanda com Ogum, vencedor de demandas, e é patrono da Cavalaria do Exército e da Polícia Militar. Seus fiéis veem a imagem do santo em seu cavalo branco matando o dragão, nas manchas escuras da lua. Este ano, as comemorações pelo Dia de São Jorge celebrado nesta quarta-feira (23) serão com igrejas lotadas.
Segundo a literatura popular, como se não bastasse ser o santo mais querido do povo da cidade do Rio de Janeiro, São Jorge também é encarregado de proteger os bares, clubes de futebol, apontadores de jogo do bicho e quadras de escolas de samba.
O cantor Zeca Pagodinho – que no passado já foi apontador –, defende que o Santo Guerreiro é o mais próximo do povo fluminense. “O Rio está precisando de vários santos como padroeiro, mas São Jorge é o que tem mais a cara da cidade. É cultuado no futebol, pela malandragem, pelo jogo do bicho, pelos bombeiros e é o que mais se vê nos botequins. Justa homenagem”, comentou.
Há muito que no dia 23 de abril, nas bancas de jogo do bicho presentes nas ess do Brasil afora, existem regras que estipulam limites nas no cavalo. Para alguns operadores, os números muito jogados são cotados a fim de evitar a ‘quebra da banca’ tanto por parte das bancas de como durante a apuração no sorteio.
Roberto DaMatta e Elena Soárez revelam no livro ‘Águias, Burros e Borboletas’, que no dia de São Jorge, com o aumenta na procura do cavalo, os banqueiros baixam – tal como acontece na bolsa de valores – a cotação de suas dezenas. Conta a lenda que uma banca do jogo faliu num dia do santo.
Salve São Jorge!
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