

O juiz Silvio Gemaque, da 10ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, atendeu, nesta sexta-feira (9), a um pedido dos parlamentares da CPI do Senado que apura irregularidades envolvendo casas de aposta para que a advogada Adélia de Jesus Soares, que representa a influenciadora digital Deolane Bezerra, seja conduzida coercitivamente para prestar depoimento como testemunha na Comissão.
De acordo com a decisão, o depoimento deverá ocorrer no dia 14 de maio, às 11h30. Adélia havia sido convocada para depor no dia 29 de abril, mas não compareceu.
Ela é sócia da empresa Payflow Processadora de Pagamentos LTDA e, segundo requerimento da relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.
As investigações apontam que a advogada teria colaborado com uma organização estrangeira para estruturar e operar ilegalmente de azar no Brasil, utilizando a empresa Playflow como fachada.
De acordo com a CPI, a Playflow teria sido usada para realizar movimentações financeiras suspeitas, com fortes indícios de lavagem de dinheiro e transações irregulares, em desacordo com as normas do Banco Central.
As operações envolveriam documentos falsos e mecanismos fraudulentos. A empresa também estaria ligada a uma companhia registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, o que sugere a internacionalização das atividades ilícitas.
CPI das Bets
A CPI das Bets foi estendida por mais 45 dias além do prazo inicial, até o dia 30 de abril. Apesar da sobrevida negociada com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a investigação, após os primeiros 130 dias, se encaminha para um desfecho sem resultados expressivos, registra o Estadão.
Em 29 de abril, dia anterior à formalização da extensão de prazo, a comissão prendeu em flagrante um homem que havia sido convocado como testemunha. Apontado como “laranja” de uma intermediária de ilegais, ele foi acusado de falso testemunho durante o depoimento.
Entre parlamentares contrários à CPI, a avaliação é a de que a comissão buscou criar um fato para justificar a falta de resultados. E para isso acabou mirando um “peixe pequeno” no universo das empresas de . Por outro lado, auxiliares da relatora da comissão, Soraya Thronicke (Podemos-MS), afirmam que o esquema no qual Adélia é investigada pode ter movimentado R$ 2 bilhões em dois anos. Pouco antes da prisão, entretanto, assessores se queixavam de a medida ser aplicada contra o homem que é “só o laranja”.
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