

Líderes evangélicos ligados ao Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB) divulgaram, nesta terça-feira (2/7), uma carta pública contra o projeto de lei que legaliza bingos, cassinos e jogo do bicho no país. No documento, os pastores afirmam que irão expor os nomes dos senadores que votarem a favor da proposta, atualmente em tramitação no Senado Federal, registra nota do -de-azar” target=”_blank” rel=”noopener”>Paulo Capelli no Metrópoles.
Na “Carta de Repúdio à Aprovação da Jogatina”, os religiosos listam uma série de argumentos contra a regulamentação dos de azar, como o risco de endividamento das famílias, aumento da criminalidade e impactos negativos sobre a saúde mental da população. Também mencionam a possibilidade de desvio de recursos e lavagem de dinheiro.
“Existe parecer técnico da PF, PGR e Sindifisco contrário à aprovação desse PL”, afirmam os pastores. O texto é assinado por lideranças como Silas Malafaia, Estevam Hernandes, Robson Rodovalho, César Augusto e outros nomes de destaque do meio evangélico.
Segundo os signatários, a carta será encaminhada aos parlamentares e usada para mobilizar fiéis e lideranças religiosas em todo o país.
Lula é favorável ao projeto
O projeto de lei que legaliza os de azar enfrenta resistência ideológica de senadores ligados a pautas conservadoras. A proposta autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos integrados de lazer, além de revogar a lei que criminaliza o jogo do bicho desde 1946.
O projeto conta com apoio do governo, que vê na medida uma potencial fonte de arrecadação. Em junho do ano passado, o presidente Lula declarou que sancionará a proposta caso ela seja aprovada pelo Congresso.
“Sempre achei que o jogo do bicho era o que mais distribuía dinheiro. O cara acorda de manhã e vai apostar. Isso é considerado uma contravenção, proibido. Mas e a jogatina que tem hoje na televisão? No esporte? Criança com celular na mão fazendo aposta o dia inteiro? Quem segura isso?”, disse o presidente na ocasião.
Grupo Aliança
Essa não é a primeira vez que as liderança evangélicas lançam manifesto contra a legalização dos pelo Senado.
Em dezembro de 2024, o pastor Silas Malafaia, liderou um grupo de mais de dez lideranças evangélicas lançou um manifesto contra o projeto de lei 2.234/2022, que legaliza cassino, bingo e jogo do bicho.
Naquela época o manifesto era denominado “Grupo Aliança”, que elencava na carta de repúdio os motivos para se oporem à proposta. Entre eles estão a “preocupação com os efeitos colaterais” da medida, como endividamento da população, vícios relacionados aos , golpes cibernéticos, lavagem de dinheiro e exploração de vulneráveis.
Além de Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, assinaram o manifesto os pastores Samuel Câmara (Assembleia de Deus em Belém), Abe Huber (Paz Church São Paulo) e Marcos Galdino (Assembleia de Deus Ministério em Santo Amaro); os bispos Robson Rodovalho (Igreja Sara Nossa Terra) e Abner Ferreira (Assembleia de Deus Madureira) e os apóstolos Estevam Hernandes (Igreja Renascer em Cristo), Cesar Augusto (Igreja Fonte da Vida) e Rene Terra Nova (Ministério Internacional da Renovação).
Indústria da proibição
Os religiosos que criticam a possibilidade de legalização dos deveriam refletir sobre as melhores práticas adotadas nas nove maiores economias do mundo – Estados Unidos, China Japão, Alemanha, Índia, França, Reino Unido, Itália e Canadá –, que têm o jogo legalizado e regulamentado. Quando os EUA de tradição evangélica (48.5%) e católica (22.7%), legalizou e acolheu o jogo no seu sistema jurídico, foi porque percebeu que existindo demanda ‘alguém’ vai prestar o serviço
A ‘indústria da proibição’ é uma atividade muito lucrativa e é preocupante que evangélicos liderem o lobby para manter esta atividade na clandestinidade.
Os benefícios positivos do jogo legal superam em muito as desvantagens propostas por qualquer pessoa ou grupo contra o jogo. O jogo ilegal é, claramente, um passatempo mais prejudicial do que o jogo legal.
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