
Wanda Nara, L-Gante, Flor Vigna e Romina Uhrig, entre outros influenciadores com milhões de seguidores, agora não apenas ditam tendências nas redes sociais: também farão parte de uma campanha oficial contra as ilegais. E farão isso por ordem judicial. A Promotoria Especializada em de Azar da cidade de Buenos Aires, liderada por Juan Rozas, os acusou de promover plataformas de ilegais, nos termos do artigo 301 bis do Código Penal, revela reportagem do -ilegais-na-argentina-video.ghtml”>Globo Online.
Como parte de um acordo de reparação integral dos danos, esses influenciadores agora deverão gravar vídeos alertando — com sua própria imagem e voz — sobre os riscos do jogo clandestino. A reparação integral do dano é um mecanismo que busca restaurar os prejuízos causados, preservando o vínculo social e promovendo a reabilitação de quem cometeu a infração. Segundo fontes oficiais informaram ao jornal La Nación, já são 110 os influenciadores investigados por esse tipo de delito. Destes, 27 assinaram um termo de acordo de reparação integral do dano.
Todos eles foram acusados de violar o artigo 301 bis do Código Penal, que pune a promoção e o recrutamento de apostadores para sites de clandestinos. Os processos surgiram tanto por denúncias individuais como por ações da LOTBA S.E. (Loteria da Cidade) e da Câmara Argentina de Cassinos, Bingos e Anexos. Houve também casos iniciados pela própria promotoria.
O esquema era sempre o mesmo: postagens ou stories nas redes sociais que, sob o pretexto de mostrar um jogo divertido ou uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil, direcionavam para plataformas não autorizadas — muitas delas com conexões internacionais e sem qualquer tipo de controle estatal. Como resultado da investigação, a promotoria já determinou o bloqueio de mais de 400 sites ilegais de online.
Como funciona a reparação
Os acordos assinados envolvem alguns compromissos principais:
⇒ Gravar um vídeo institucional explicando, com sua voz e imagem, os riscos das ilegais e da ludopatia (vício em ).
⇒ Publicar esses vídeos por três dias na seção “stories” (histórias) das redes sociais.
⇒ Manter, por pelo menos um mês, no perfil do Instagram, vídeos ou fotos alertando sobre os riscos do jogo ilegal e da ludopatia.
⇒ Realizar um curso presencial obrigatório, ministrado pela Loteria da Cidade (LOTBA S.E.), sobre os perigos da ludopatia e do jogo ilegal.
O objetivo é que reparem o dano no mesmo espaço em que o causaram: as redes sociais — explicou o Procurador-Geral da Cidade, Juan Bautista Mahiques. Ele também valorizou o uso de uma abordagem baseada na justiça restaurativa, que visa não apenas punir, mas também educar e prevenir.
“Considerou-se apropriado que os influenciadores reparassem o dano causado por meio do mesmo canal onde o cometeram. Assim como promoveram sites de ilegais nas redes sociais, aproveitando sua imagem pública e influência, era justo que a reparação simbólica também fosse realizada por esse meio — desta vez, para conscientizar sobre os riscos das ilegais”, disse Mahiques.
Na mesma linha, o promotor Juan Rozas afirmou:
“A promotoria priorizou uma solução rápida e alternativa do conflito para dar uma resposta urgente à sociedade e, ao mesmo tempo, dar maior visibilidade ao tema. No entanto, nos casos ainda em andamento ou em caso de reincidência, a promotoria seguirá com a investigação penal, o que pode incluir investigações patrimoniais e medidas como o confisco de bens, dinheiro ou imóveis.”
Agora a aposta é outra: transformar a influência digital em ferramenta de prevenção. O objetivo é combater um negócio ilegal que cresce nas sombras, aproveitando-se dos mais jovens, da impunidade e do silêncio.
⇒ Não tem autorização oficial: na Argentina, os únicos sites legais são os aprovados por órgãos reguladores como a LOTBA (Cidade de Buenos Aires) ou provinciais.
⇒ Não aparece no site oficial da LOTBA ou ENREJA: verifique se está na lista de plataformas legais.
⇒ Promete ganhos rápidos ou garantidos: nenhum jogo pode garantir lucro. Se promete, provavelmente é golpe.
⇒ Usa influenciadores ou famosos sem indicar que é jogo regulamentado: muitas promoções mascaram sua ilegalidade com publicidade disfarçada.
⇒ Não tem contato ou sede no país: se você não sabe quem está por trás, não há a quem recorrer se perder tudo.
⇒ Exige depósito por meios inseguros: como carteiras digitais ou transferências sem respaldo legal.
⇒ Não permite configurar limites de aposta ou autoexclusão: os sites legais oferecem essas ferramentas de proteção.
⇒ Está bloqueado pelo navegador ou sistema operacional: muitos sites ilegais já foram denunciados e estão com o acesso restrito.
⇒ Conheça os riscos antes de jogar: entenda que não são uma forma de ganhar dinheiro fácil, mas sim uma atividade com alto risco de perda e dependência.
⇒ Estabeleça limites claros de tempo e dinheiro: nunca aposte mais do que pode perder.
⇒ Evite jogar sozinho ou em segredo: converse sobre o assunto com amigos ou familiares. Esconder pode ser um sinal de alerta.
⇒ Não jogue para escapar de problemas emocionais: não resolvem tristeza, ansiedade ou estresse — muitas vezes pioram.
⇒ Desconfie de frases como “quase ganhei” ou “na próxima sai”: elas alimentam o ciclo da dependência.
⇒ Instale bloqueadores de sites de se sentir que não consegue evitar.
⇒ Procure ajuda profissional diante dos primeiros sinais de descontrole — existem linhas gratuitas de apoio à ludopatia.
⇒ Evite seguir perfis que promovem online como caminho fácil para o sucesso ou entretenimento.
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