Associação de e divulga relatório anual que também aponta investimentos de 735 milhões de euros em esportes europeus e doações de 156,8 milhões para instituições de caridade. Documento registra aumento de 19% nas contas de clientes, totalizando 38,6 milhões de usuários
A European Gaming and Betting Association (EGBA) divulgou que seus membros contribuíram com 3,8 bilhões de euros em impostos para a economia europeia em 2024. O Relatório de Sustentabilidade 2025 da associação, publicado na semana passada, apresenta dados sobre operações na União Europeia (UE) e no Reino Unido, incluindo investimentos no setor esportivo e doações para instituições de caridade.
Os operadores associados à EGBA investiram 735 milhões de euros em esportes europeus por meio de patrocínios, taxas e pagamentos de direitos de transmissão. Os direitos de streaming representaram 62% desse montante. As empresas também destinaram 156,8 milhões de euros para instituições de caridade e iniciativas comunitárias, valor 4% superior ao registrado em 2023.
O documento compila informações fornecidas pelos membros da associação durante 2024, com publicação em julho de 2025. Os dados abrangem operações terrestres e online em diversos países europeus, incluindo a Bélgica, onde a EGBA está sediada.
As operadoras contabilizaram 38,6 milhões de contas de clientes em 2024, um crescimento de 19% em comparação ao ano anterior. Do total de usuários, 75% são homens. O setor emprega 68.698 funcionários em operações terrestres e online, com distribuição de 57% de homens e 43% de mulheres.
No campo da proteção aos jogadores, as empresas enviaram 100 milhões de mensagens de segurança aos clientes europeus em 2024, aumento de 48% em relação ao ano anterior. Cerca de 28% dessas comunicações eram personalizadas, baseadas no comportamento individual de jogo, entregues principalmente via pop-ups (67%) e e-mail (25%).
As mensagens personalizadas mostraram resultados positivos em 42-46% dos clientes com comportamentos de alto risco. Aproximadamente 21% desses usuários ativaram ou fortaleceram ferramentas de segurança após receberem as comunicações direcionadas. No total, 69% dos clientes (26,7 milhões de pessoas) utilizaram ferramentas de segurança, metade por iniciativa própria, com os limites de depósito sendo a opção mais popular (65%).
O relatório indica que 89% dos funcionários receberam treinamento específico sobre jogo responsável, totalizando mais de 55.000 colaboradores capacitados. As empresas registraram 15,9 milhões de interações de atendimento ao cliente, aumento anual de 10%, com ofertas e bônus sendo o tópico mais frequente (18%).
No aspecto ambiental, o consumo de energia diminuiu 11%, para 190,2 gigawatts-hora (GWh), considerando operações terrestres e online. As fontes renováveis representaram 78% do uso energético, aumento significativo em relação aos 64% registrados em 2023. As emissões de gases de efeito estufa totalizaram 1,15 milhão de toneladas de CO2e, com as emissões da cadeia de valor (Escopo 3) correspondendo a 95% desse volume.
A EGBA anunciou que avaliará alterações em suas diretrizes de combate à lavagem de dinheiro (AML) para operadores europeus de online, com atualizações previstas para 2026.
“O relatório deste ano mostra que nossos membros não são apenas contribuintes positivos para a economia da Europa, mas também estabelecem padrões de referência da indústria para de azar mais seguros”, afirmou Maarten Haijer, secretário-geral da EGBA.
“Estamos especialmente encorajados pelo sucesso de mensagens de segurança personalizadas, que nosso relatório mostra estar impactando positivamente entre 42% e 46% dos clientes que mostram comportamentos de alto risco. Esse é um progresso genuinamente significativo que constrói confiança e ajuda a elevar os padrões em toda a indústria”, declarou Haijer.
“Nossos membros estão mostrando que a liderança em nossa indústria é mais do que sucesso comercial – trata-se de proteger os jogadores, apoiar as comunidades e investir no futuro da Europa”, acrescentou o secretário-geral. “Mas sustentar essas conquistas requer quadros regulatórios estáveis e de apoio e uma aplicação mais forte contra os operadores do mercado negro baseados fora da Europa, que ameaçam a segurança dos cidadãos europeus e não contribuem em nada para nossas sociedades.”
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