
As plataformas de online registraram 2,7 bilhões de visitas em maio de 2025, consolidando-se como o segundo destino mais acessado na internet brasileira, atrás apenas do Google. O levantamento, realizado pelo SimilarWeb, mostra que as bets superaram sites populares como YouTube, Globo, WhatsApp e TikTok. A análise considera as 193 casas de legalizadas no país, segundo o Comitê Gestor da Internet (CGI).
O crescimento expressivo das bets ocorreu a partir de janeiro deste ano, quando parte dessas empresas começou a operar de forma regulamentada no Brasil. Embora legalizadas desde 2018, as casas de de quota fixa passaram a seguir novas regras em 2025, incluindo a obtenção de licença da Secretaria de Prêmios e do Ministério da Fazenda, pagamento de R$ 30 milhões e migração para o domínio “.bet.br”.
Leonardo Benites, diretor de comunicação da Associação Nacional de e (ANJL), explicou ao UOL a razão desse fenômeno. “Tínhamos uma demanda extremamente reprimida, porque os e as foram banidos no Brasil de forma legal desde 1948. Eu tenho certeza que hoje o tráfego só está em segundo porque trata somente das bets reguladas. Ainda temos uma fatia significativa de mercado ilegal no Brasil, porque as ações de combate ao ilegal ainda são morosas”, disse.
A média diária de acessos às bets cresceu consistentemente desde janeiro, quando registrava 55 milhões de visitas por dia, até atingir 68 milhões diários em maio. O recorde de acessos aconteceu em 7 de maio de 2025, com 76,7 milhões de visitas, coincidindo com a semifinal da Champions League entre PSG e Arsenal, além de de três clubes brasileiros: Bahia contra o Nacional do Uruguai, Flamengo contra o Central Córdoba, e Palmeiras contra o Cerro Porteño.
No ranking de acessos em maio, o Google liderou com 4,9 bilhões de visitas, seguido pelas bets com 2,7 bilhões. O YouTube aparece em terceiro lugar com 1,3 bilhão, seguido por Globo (765 milhões), WhatsApp (759 milhões) e TikTok (740 milhões).
Os brasileiros representam 99,92% do tráfego do domínio “bet.br”, tornando-o o 14º mais visitado no mundo. A análise da estratégia digital das casas de revelou que 67,8% dos acessos ocorrem por tráfego direto, enquanto sites de busca representam 14,26% e redes sociais apenas 8,24%, com o YouTube sendo o canal mais efetivo nesse segmento (57,4%).
Em resposta ao crescimento do setor, um projeto de lei já aprovado no Senado e em análise na Câmara dos Deputados propõe diversas restrições à publicidade das bets. Entre as medidas estão a proibição da participação de atletas, artistas e influenciadores em campanhas publicitárias, limitação de horários para veiculação de publicidade e veto a mensagens que associem a sucesso pessoal ou alternativa de renda.
“Até pelos investimentos de marketing feitos hoje pela indústria, faz total sentido a quantidade de tráfego que geramos. Isso só concatena com a ideia de que é algo que o brasileiro buscava e vai continuar buscando”, afirmou Benites sobre o sucesso das bets no Brasil.
José Sarkis Arakelian, consultor e professor de estratégia de marketing da FAAP, explica a homogeneidade do serviço oferecido pelas casas de . “A bet tem uma característica muito importante: o serviço em si é semelhante para todas as marcas. Há um jogo de futebol ou de outro esporte acontecendo e tem alguns resultados possíveis. Com isso, a empresa vai quebrando em parciais: quem vence o set, quem faz gol, quantos escanteios? E, baseado no volume apostado em cada categoria, você tem um retorno previsto sobre o seu capital. Eu acabei de descrever uma bet. Qual delas? Todas. São absolutamente iguais. Como não muda nada, a construção de marca não é conectada com o tangível, a usabilidade do serviço, mas a partir dos intangíveis: confiança, reputação e a experiência do consumidor”, declarou.
Sobre a importância da presença nos dispositivos móveis, Benites destacou: “Nada é tão poderoso quanto estar no celular de alguém. Ele é a última coisa que a gente larga antes de dormir e a primeira coisa que pega ao acordar”.
O levantamento não apresenta informações sobre o volume de realizadas ou valores movimentados por essas plataformas, nem dados sobre o impacto social do crescimento desse setor no Brasil.
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