

Por que a oposição e a extrema-direita em geral (com a exceção ficou de Romeu Zema) não ainda responderam aos ataques que desde a semana passada o PT tem feito por meio das redes sociais? A resposta é simples.
De acordo com as avaliações feitas pela turma da comunicação do bolsonarismo, não bombaram os vídeos em defesa do “novo IR” e com críticas a “quem está no topo, os super-ricos que sempre pagam proporcionalmente muito menos”, revela nota do Lauro Jardim no Globo Online.
E muito menos teria viralizado o mote que aparece no fim, como uma espécie de assinatura lacradora: “taxação BBB: bilionários, bancos e bets”. Nada disso saiu da bolha governista, segundo as pesquisas internas da direita.
Diz um marqueteiro da direita:
“Não está funcionando. Se estivesse funcionando, responderíamos”.
Partido dos Trabalhadores realiza reunião com influenciadores digitais

O Partido dos Trabalhadores convocou influenciadores digitais nesta quarta-feira (2), para reforçar a nova estratégia de comunicação do governo Lula. Com apoio do Palácio do Planalto, a cúpula do partido reuniu cerca de 270 criadores de conteúdo e apoiadores numa reunião virtual para incentivá-los a dar gás à “campanha taxação BBB” (bilionários, bancos e bets). Especialistas criticam a estratégia e falam em “impacto incerto”, registra reportagem do Estadão.
O encontro reuniu principalmente influenciadores ligados ao PT, muitos com pouco alcance nas redes. Participaram, além do secretário nacional de comunicação, o deputado federal Jilmar Tatto (SP), o presidente do partido, o senador Humberto Costa (PE), e o marqueteiro Otávio Antunes, responsável pela campanha BBB.
O discurso contra privilégios e o poder econômico animou o entorno de Lula depois da boa repercussão nas redes sociais, território dominado pelo bolsonarismo, e a nova estratégia já está sendo testada com olhos voltados para 2026. Especialistas, porém, veem dificuldades para que esse discurso ganhe tração.
Ao longo do evento virtual, houve críticas à condução da reunião e ao rumo da comunicação. “Reunir 200 comunicadores para ouvir? Sério? Não teríamos de falar também?”, escreveu um participante. Outro afirmou: “A campanha BBB não está boa. Não está fazendo comparativo. O leigo, o trabalhador, as bases, o condomínio de cobertura não ligam os “pontos”, não entendem”
O estrategista Felipe Soutello, que coordenou a campanha de Simone Tebet (MDB) à Presidência em 2022, diz que o governo teria mais força se combinasse esse discurso a medidas concretas de corte de gastos. “Conseguiria dialogar melhor com a população e dar um sinal para o eleitor de centro de que está fazendo o dever de casa no ajuste fiscal.” O estrategista ainda critica os vídeos da campanha “Taxação BBB” feitos com inteligência artificial. “Política pública é feita para pessoas. Por que não trazer pessoas para o testemunhal? Somente mirar em performance de rede não é capaz de gerar empatia e intimidade para além da bolha”, questiona.
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